O Magazine Luiza (MGLU3) teve a sua recomendação para as ações cortada de compra para neutra pelo Safra, mostra um relatório enviado a clientes.
O banco também reduziu o seu preço-alvo aos papéis de R$ 6 para R$ 3,40. O novo valor sugere um potencial de valorização de 18%.
“Esperamos pressão de curto prazo devido a um ambiente macroeconômico difícil na América Latina em geral”, aponta o relatório.
O Safra lembra que o Magalu apresentou uma receita líquida de R$ 8,6 bilhões, o que está apenas 2% abaixo das estimativas e estável em relação ao ano anterior. Contudo, as despesas com vendas e provisões vieram acima do esperado e levaram a uma queda de 6% no Ebitda.
Caixa
O alto consumo de caixa da varejista foi visto como uma “preocupação” pelos analistas. Os números chegaram a R$ 3,4 bi no 1º semestre deste ano, contra R$ 3,3 bi do mesmo período de 2022.
Ganho de participação de mercado
O Magazine Luiza tem conseguido aumentar o seu crescimento nas operações do marketplace (3P), com 15% ano a ano. O avanço é seguido por uma melhora de 3% no varejo físico e de 2% no volume de produtos vendidos (GMV) para as vendas diretas online.
“Vale ressaltar que o crescimento combinado do e-commerce de 7% ano a ano se compara a uma redução de 15% do mercado geral, o que representa um ganho de market share de 600 pontos-base para o Magalu”, diz o Safra.
Visão de médio a longo prazo
Apesar das dificuldades de curto prazo, o Safra ainda possui uma “visão construtiva” para o setor.
É esperada uma melhora na digitalização dos pequenos varejistas por meio dos mercados das grandes empresas. A experiência geral de compra online também se tornará mais agradável, ao lado de um aumento da penetração da internet.
“Não acreditamos num cenário “o vencedor leva tudo”, mas sim num com poucos players relevantes, o que não seria muito diferente daquele de mercados mais desenvolvidos, como os EUA e a China”, explica o Safra.