As ações da Méliuz (CASH3), ecossistema de cupons de desconto e cashback, foram “esquecidas” do recente rali de 3 meses do Ibovespa e estão prontas para reagir com os resultados “significativos” esperados para os próximos trimestres, avalia o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta semana.
Os analistas Ricardo Buchpiguel, Eduardo Rosman e Thiago Paura estiveram reunidos com o CEO Israel Salmen e outros executivos seniores, além de Julio Mendes, conselheiro representante do banco BV, que reafirmou o otimismo do banco em relação à parceria com o Méliuz.
O BV comprou, em 30 de dezembro de 2022, 3,85% do capital da Méliuz e possui uma opção de compra a ser exercida em até 24 meses de acionistas que possuem 20,1% da companhia. Além disso, o BV adquiriu da Méliuz a empresa de pagamentos Bankly por R$ 210 milhões.
“De fato, o acordo comercial, pelo qual o BV atuará como sócio financeiro do Méliuz, deverá render resultados significativos a partir do segundo semestre de 2023. Além disso, com o comércio eletrônico potencialmente se recuperando devido a um ambiente macro melhor e aos impactos sazonais, a Méliuz está pronta para atingir o Ebitda de equilíbrio, o que significa uma vantagem para nossos números”, ressaltam os analistas, que reforçam a recomendação de compra e o preço-alvo por R$ 18.
Se isso acontecer, explicam eles, a avaliação parece extremamente atraente, principalmente considerando o fluxo de caixa operacional potencialmente positivo da empresa e a posição de caixa líquido esperada de R$ 647 milhões (após a conclusão da venda do Bankly), representando 113% de seu valor de mercado.
A divulgação do balanço da Méliuz está prevista para 8 de agosto, após o fechamento dos mercados.