A mineradora Vale (VALE3) enfrenta a suspensão das licenças de operação de suas minas Sossego e Onça Puma, de cobre e níquel, respectivamente, pelo Secretaria do Meio Ambiente do Pará (Semas).
A situação levanta preocupações, mas a Ágora Investimentos avalia o impacto como marginal.
A Semas suspendeu as licenças de operação das minas Sossego, em Canaã dos Carajás (PA), e Onça Puma, em Ourilândia do Norte (PA), citando o descumprimento de condicionantes ambientais.
A Vale, por sua vez, reforçou seu compromisso com os controles socioambientais, conforme exigido pela legislação.
A suspensão afeta operações cruciais da Vale, especialmente Sossego, responsável por cerca de 20% da produção total de cobre da empresa.
“No entanto, considerando que os negócios de metais básicos representam apenas uma fração do Ebitda total da Vale, estimamos que o impacto financeiro seja limitado, representando menos de 2% do Ebitda global em 2024”, aponta o relatório.
Embora a notícia tenha implicações negativas, a Ágora projeta uma reação neutra do mercado às ações da Vale.
A mina Sossego é uma das principais produtoras de cobre da Vale, enquanto Onça Puma contribui significativamente para a produção de níquel.
No entanto, as operações de Onça Puma já estavam suspensas para reforma do forno, com previsão de conclusão no primeiro trimestre deste ano.
Onça Puma é responsável por cerca de 10% da produção de níquel (17 mil toneladas em 2023, de um total de 165 mil toneladas).
Apesar das interrupções nas operações, a Vale continua a monitorar a situação e tomará as medidas necessárias para reestabelecer as autorizações.
A expectativa é de que a suspensão represente apenas um revés temporário, com o potencial de retorno à normalidade após a resolução das questões ambientais levantadas pela Semas.