O corte de pagamentos de dividendos da Petrobras (PETR3; PETR4) e da Vale (VALE3) em 2023 fez com que as empresas brasileiras deixassem a lista das 20 maiores pagadoras do mundo.
A estatal distribuiu US$ 10 bilhões menos aos seus acionistas do que no ano anterior, enquanto a mineradora cortou seu pagamento em US$ 1,2 bilhão.
Segundo o Janus Henderson Global Dividend Index, essas reduções mascararam o forte crescimento dos bancos brasileiros.
“O impacto dos cortes das grandes empresas garantiu que o Brasil fosse o país mais fraco no nosso índice global em 2023, com resultados reduzidos em dois quintos numa base nominal e subjacente”, aponta o relatório divulgado nesta quarta-feira (13).
Maiores pagadores de dividendos do mundo
A Janus espera que 2024 apresente um crescimento semelhante ao de 2023, mesmo que uma provável queda nos dividendos especiais não recorrentes reduza a taxa de crescimento nominal.
A expectativa é de que US$ 1,72 trilhão sejam distribuídos em dividendos em 2024, um aumento de 3,9% em termos gerais, equivalente a um crescimento subjacente de 5%.
“O efeito defasado das taxas de juros mais altas continuará a ter um impacto, com previsão de crescimento econômico global mais lento e custos de financiamento mais altos para as empresas. No entanto, estamos otimistas com relação aos dividendos no próximo ano. A taxa de crescimento dos dividendos dos EUA no quarto trimestre é um bom presságio para o ano inteiro, as empresas japonesas iniciaram um processo de retorno de mais capital para os acionistas, a Ásia parece estar se recuperando e os dividendos na Europa estão bem cobertos”, explica Ben Lofthouse, Diretor de Renda Variável Global da Janus Henderson.