O melhor para as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) “ficou para trás”, avalia a XP Investimentos em um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (4).
André Vidal e Helena Kelm, que assinam a análise, entendem que a tese da estatal está “dividida entre uma série de riscos políticos e um dividendo ainda decente após o pagamento extraordinário de 2023”.
O novo preço-alvo para a estatal foi definido em R$ 45,10 para as duas ações. A recomendação segue em compra.
Prio
A Prio (PRIO3) foi mantida como a “top pick” do setor, com preço-alvo de R$ 63,90.
“Embora os noticiários recentes tenham sido negativos devido à revisão para baixo da produção e às questões envolvendo as licenças do Ibama (afetando tanto o desenvolvimento de Wahoo quanto os planos de perfuração para Albacora Leste), vemos uma reação exagerada do mercado sobre isso, já que, para nós, esses desenvolvimentos são uma questão de ‘quando’ e não ‘se'”, avaliam Vidal e Kelm.
3R e PetroReconcavo
Para a XP, depois de uma série de contratempos, e com uma geração de caixa livre mais discreta no curto prazo em relação à Petrobras e Prio, a 3R Petroleum (RRRP3) e a PetroReconcavo (RECV3) vinham recebendo cada vez menos atenção dos investidores, até o potencial anúncio de uma fusão.
Uma acionista da 3R propôs, em janeiro, uma cisão dos ativos “onshore” da companhia, defendendo a fusão deles com os da PetroReconcavo.
“Continuamos otimistas com a probabilidade de esse negócio acontecer. Mas, supondo que, por qualquer motivo, esse não seja o caso, ainda vemos outros possíveis caminhos de M&A que a empresa (PetroReconcavo) pode seguir no futuro. Por outro lado, a falta de infraestrutura midstream continua sendo uma das principais fragilidades da tese de investimento”, alerta a XP.
O preço-alvo para a 3R ficou em R$ 44,50, enquanto para a PetroReconcavo foi reduzido para R$ 27,70. A recomendação é de compra para ambos.