A procura dos consumidores por crédito aumentou 7,2% em janeiro em comparação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, segundo a pesquisa da Serasa Experian, o crescimento foi o menor desde outubro de 2021.
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O estudo, divulgado nesta segunda-feira (14/02), mostra que, mesmo com juros altos, o consumidor busca o crédito. De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os motivos são os gastos de início, como:
- IPVA e IPTU;
- Materiais escolares;
Assim, os consumidores que precisam fechar as contas do fim do mês recorrem ao crédito. “No entanto, as altas taxas de juros, também encareceram o acesso ao crédito. Por isso, embora as pessoas continuem precisando, o mês de janeiro registrou o menor percentual dos últimos três meses”, explica.
Conforme os dados da pesquisa, as maiores altas na busca por crédito por região do país foram:
- Centro-Oeste (16%)
- Norte (14,5%)
- Sul (9,8%)
- Sudeste (5,4%) e
- Nordeste (3,7%).
O que é crédito?
Em resumo, ele é a forma com que bancos, financeiras e outras instituições emprestam dinheiro a seus clientes. Ou seja, quando essas instituições liberam um empréstimo ou financiam alguma compra de uma pessoa, elas estão concedendo um crédito.
Dessa forma, em uma operação de crédito, quem empresta o dinheiro é o credor. Por outro lado, quem toma o dinheiro emprestado é o devedor.
Esse dinheiro pode servir para que você antecipe o consumo de algo que só poderia adquirir no futuro. Além disso, também pode atender despesas emergenciais devido a eventos inesperados, tais como problemas de saúde, acidentes, ou outros imprevistos.
Entretanto, antecipar o consumo com dinheiro que não é seu tem seu preço: juros. Eles são o custo da impaciência: querer um produto hoje, sem ter ainda o dinheiro para pagar.
Ou seja, querer agora algo que só poderia comprar no futuro. Outra forma de pensar nos juros é como a falta de planejamento para a possibilidade de ocorrerem eventos negativos.
Tipos de crédito
- Crédito consignado: é um tipo de empréstimo em que as prestações são cobradas diretamente na folha de pagamento. Assim, quem usa o consignado recebe o pagamento (salário, pensão ou aposentadoria) já com o desconto da parcela.
- Crédito pré-aprovado: é um valor que a instituição financeira deixa disponível para que o cliente pegue emprestado sempre que precisar. O cheque especial, por exemplo, é o tipo mais comum de crédito pré-aprovado.
- Crédito rotativo do cartão de crédito: quando um cliente não paga a fatura integral do cartão, ele entra no rotativo. Ou seja, um tipo de empréstimo que serve para parcelar a fatura do cartão de crédito. Embora tenha taxa de juros menor do que o cartão, esse empréstimo ainda tem taxas bem elevadas.
- Empréstimo pessoal: é um tipo de crédito livre. Em outras palavras, pode ser usado para qualquer finalidade, sem precisar de comprovação.
- Financiamento: ao contrário do empréstimo, o financiamento tem finalidade definida, por exemplo: imobiliário, estudantil ou de automóvel. Assim, o cliente precisa comprovar para a instituição financeira como usará o dinheiro.
Conclusão
Antes que você contrate qualquer empréstimo ou financiamento, leia atentamente o que está escrito no contrato. Não aceite ofertas por telefone ou por correspondência. É importante também saber quanto se pagará no total da contratação para descobrir o valor dos juros.
Por isso, fazer simulações em diversos bancos ou em financeiras ajuda a saber qual empresa está oferecendo as melhores condições. Ou seja, qual oferece as menores taxas de juros pelo crédito.
A saber, as instituições financeiras são obrigadas a informar o CET (Custo Efetivo Total). Além disso, sempre que antecipar uma prestação (amortizar a dívida), você tem direito a desconto sobre os juros.