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Qual título do Tesouro Direto comprar agora?

O estrategistas do Santander entendem que o momento ainda pede uma alocação no título do Tesouro Direto Tesouro IPCA+ principal

by Gustavo Kahil
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O mercado de títulos do Tesouro Direto tem se movimentado bastante no primeiro ano do governo Lula. Com isso, o que comprar agora?

A equipe econômica de Fernando Haddad tem trazido novidades macroeconômicas que tem se refletido diretamente na curva de juros no mercado financeiro.

O total de investidores ativos no Tesouro Direto, que possuem com operações em aberto, chegou a 2.292.783 em agosto. É um aumento de 12,4% em 12 meses.

As projeções para a queda da taxa Selic tem se intensificado após o corte inesperado de 50 pontos-base na Selic aplicado em agosto.

O último boletim Focus do Banco Central projeta o juro do Brasil a 11,75% no final do ano, queda de 1,5 p.p. na comparação com os 13,25% atuais.

Além disso, a inflação está com um comportamento controlado. O mercado estima o IPCA 4,92% em 2023.

O PIB tem surpreendido positivamente ao crescer bem mais do que o esperado no segundo trimestre, por exemplo. A economia avançou 0,9% e motivou revisões positivas para o ano, que chegaram a 2,56%.

Plano internacional

Nos EUA, o mercado espera que a próxima reunião do Federal Reserve, em 20 de setembro, traga uma manutenção do juro no intervalo de 5,25% a 5,5%.

Já para novembro, entretanto, o mercado está dividido entre uma nova alta de 0,25 p.p. ou a manutenção do patamar atual. As quedas só vitiam a partir do 2º trimestre de 2024.

O que comprar agora?

O estrategistas do Santander Ricardo Peretti e Alice Corrêa entendem que o momento ainda pede uma alocação no Tesouro IPCA+ principal.

Eles, contudo, sugerem um alongamento tático (duration) na posição em um vencimento em 2035.

“Se os ventos domésticos se provarem favoráveis para os ativos de risco (menores ruídos políticos, inflação convergindo à meta no médio prazo epromessas de responsabilidade fiscal em 2023-2024), podemos ver um menor prêmio de risco para os títulos públicos reais, favorecendo a marcação a mercado dos mesmos”, avaliam.

Segundo eles, caso apercepção de risco piore e o dólar volte a se valorizar, a proteção contra a inflação do título recomendado exercerá sua função.

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