A receita consolidada da Petz (PETZ3) cresceu 7,3% em relação ao ano anterior, em linha com as estimativas da Ágora Investimentos, marcando uma notável desaceleração em comparação com o crescimento de 16,2% no 2T23.
A desaceleração foi atribuída principalmente às vendas menos robustas nas lojas físicas da Petz, compensando o crescimento de 19,6% nas vendas digitais. “O digital atingiu uma penetração de receitas de 39,5%, 0,40 pp acima das nossas estimativas, e um aumento de 3,50 pp frente ao período homólogo”, observam os analistas Felipe Cassimiro e José Cataldo.
Resultados financeiros e perspectivas futuras
Apesar das despesas controladas, a margem EBITDA consolidada da Petz caiu 1,50 pp, atingindo 8,2%, em linha com as projeções.
A margem EBITDA das lojas físicas também caiu 2,00 pp, para 7,3%, refletindo o impacto do aumento das vendas digitais. Os analistas destacam que o resultado final ficou próximo do ponto de equilíbrio, mas R$ 4 milhões abaixo da estimativa devido aos resultados financeiros líquidos acima do esperado.
Nossa Visão: desafios atuais, mas confiança no longo prazo
A análise da Ágora Investimentos indica um conjunto de resultados fraco da Petz, conforme antecipado pelo CEO Sergio Zimerman durante a última teleconferência de resultados trimestrais. “Os resultados do 3T23 não mostraram sinais de que a nova estratégia compensa para a aceleração do crescimento consolidado”, afirmam Cassimiro e Cataldo. Apesar da cautela de curto prazo, a visão otimista de longo prazo sobre a Petz permanece, considerando as tendências seculares de crescimento sólido. A recomendação de Compra e o preço-alvo de R$ 6,50 foram mantidos, embora os analistas expressem ceticismo quanto à recuperação imediata, dada a persistência de tendências como a maior penetração digital e o cenário competitivo acirrado.