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Resultados do 3T23 da Raízen: destaque para mobilidade e desafios em combustíveis

Os analistas da Ágora Investimentos destacam que, para superar o guidance de EBITDA para o ano-safra de R$ 13,5 a 14,5 bilhões, a Raízen precisará melhorar seus resultados no segundo semestre

by Redação Dinheirama
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No 3T23 (ano safra 2T24), a Raízen (RAIZ4) apresentou um EBITDA ajustado de R$ 3,728 bilhões, superando as estimativas do Bradesco BBI em 3%, embora tenha ficado 3% abaixo do consenso.

O segmento de Mobilidade destacou-se positivamente, enquanto os resultados de Açúcar & Renováveis ficaram em linha com as expectativas. “O EBITDA/m³ do segmento de combustíveis atingiu R$ 190, superando nossa estimativa de R$ 170/m³, mas permanece inferior às margens de concorrentes como Vibra e Ipiranga”, observam os analistas Vicente Falanga e Ricardo França da Ágora Investimentos.

Recuperação do ROIC e desafios futuros

Apesar das variações nas margens, o Return on Invested Capital (ROIC) dos últimos 12 meses da Raízen se recuperou para 15,8%, demonstrando resiliência e superando concorrentes como Vibra (10,7%) e Ipiranga (12,7%). “Os resultados de Açúcar & Renováveis, com crescimento de 47%, impulsionado pelo aumento nas vendas próprias de açúcar, foram um destaque positivo. No entanto, o desafio persiste na distribuição de combustíveis, com a possibilidade de perdas de estoques no curto prazo devido à disparidade nos preços”, alertam os analistas.

Nossa Visão: perspectivas para o 2S24 e desafios na distribuição de combustíveis

Os analistas da Ágora Investimentos destacam que, para superar o guidance de EBITDA para o ano-safra de R$ 13,5 a 14,5 bilhões, a Raízen precisará melhorar seus resultados no segundo semestre. “Acreditamos que há boas chances de que este seja o caso, dado que os volumes de Açúcar & Renováveis provavelmente serão maiores no 2S24. Contudo, a distribuição de combustíveis continua sendo um imprevisto, com possíveis perdas de estoques no curto prazo devido aos preços da Petrobras acima da paridade de importação, aumentando o espaço para cortes”, concluem Falanga e França.

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