Com a redução das exportações de combustíveis da Rússia, as pequenas distribuidoras de combustíveis brasileiras, de bandeira branca, voltam a ficar sem opção de comprar os produtos a preços mais baixos.
“Elas, em sua maioria, não têm contratos de longo prazo com a Petrobras para compra de combustível”, avalia o analista Mateus Haag, da Guide Investimentos.
O cenário ajuda a reduzir a competição com as grandes distribuidoras listadas em bolsa, como a Vibra (VBBR3), Ultrapar (UGPA3) e Raízen (RAIZ4).
O país, que está em guerra com a Ucrânia, cortou as exportações marítimas de diesel e gasóleo em quase 30%, para cerca de 1,7 milhão de toneladas nos primeiros 20 dias de setembro, em relação ao mesmo período de agosto.
As refinarias locais entraram em manutenção sazonal e o mercado doméstico enfrenta uma escassez de combustível e preços em alta, disseram traders e dados do LSEG.
Devido à escassez doméstica de combustível, o governo da Rússia está considerando uma taxa de exportação para produtos petrolíferos de 250 dólares por tonelada — muito mais alta do que as taxas atuais — de 1º de outubro até junho de 2024.
“Ainda assim, vale a pena comentar que o banimento da Rússia não tem data final estabelecida. Provavelmente o país não tem intenção de manter o banimento por muito tempo”, complementa Haag.