As ações da Hapvida (HAPV3) receberam o aval do time de análise do Bank of America, que vê a empresa negociando a um desconto de 20% sobre a Rede D’Or (RDOR3) e possui recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 6,50.
O valor corresponde a um potencial de valorização de quase 60%.
O analista Fred Mendes explica que não está tão otimista com o curto prazo, mas vê a empresa no caminho certo para entregar níveis de MLR (sinistralidade médica) mais normalizados em torno de 68% para 2025, integração do sistema e sinergias com a adquirida Notre Dame Intermédica e desalavancagem.
“Dada a crescente visibilidade, esperamos uma mudança na base de acionistas, de fundos de hedge para apenas comprados, levando eventualmente a uma reclassificação (história de transferência versus jogo tático)”, ressalta.
Desempenho das ações da Hapvida em relação à Rede D’Or e Ibovespa em 12 meses
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Mendes pontua em um relatório divulgado nesta quinta-feira (18) que, nos últimos 3 trimestres, a Hapvida movimentou em média 6%, já que a falta de visibilidade impactou as expectativas de resultados.
“Para o quarto trimestre, esperamos uma volatilidade menor, uma vez que a empresa está mudando seu perfil para uma clara melhoria na tendência de MLR às custas de perdas líquidas e limpeza de base”, explica.
O BofA projeta que os resultados continuem sua tendência positiva com uma redução de MLR caixa de 300 pontos-(base) na passagem trimestral, atingindo 69%. Mendes cita 5 pontos para acompanhar:
1 – Ebitda ajustado atingirá R$ 950 milhões,
2 – Crescimento de receita de 8% ano a ano
3 – Prejuízo líquido de 90 mil beneficiários
4 – Custos de vendas, gerais e administrativas (SG&A) e despesas comerciais ficarão ligeiramente baixas ou estáveis em relação ao trimestre anterior em 8,7% e 7,6%, respectivamente,
5 – Geração de caixa de aproximadamente R$ 100 milhões.
O resultado está agendado para 13 de março.